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jlsfilho
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Movimento " Ciência Aberta" Empty Movimento " Ciência Aberta"

Seg Nov 30, 2020 7:03 pm
Todos nós, acadêmicos das diversas áreas científicas precisamos ater nesse seguinte conceito: A ciência aberta (open science) é um movimento que vem ganhando cada vez mais adeptos dentro e fora da academia e que propõe um novo jeito de fazer ciência: colaborativo, compartilhado e público. Metodologias, levantamento de dados, uso e criação de softwares e hardwares, notas de pesquisa e relatórios, todas as etapas da produção do conhecimento ganham uma versão open. O acesso online e livre às publicações científicas (open access) é a modalidade mais popular dentro desse movimento. Hoje, são inúmeras as experiências de repositórios e redes de compartilhamento de artigos que podem servir de exemplo, como arXiv, PubMed, PLoS, Redalyc, SciELO e ResearchGate. Mas a ciência aberta é muito mais do que acesso aberto. Há quem a entenda como uma revolução no método científico em decorrência da expansão da internet e das novas tecnologias de informação e comunicação. “Acredito que o processo da ciência – como as descobertas são feitas – mudará mais nos próximos vinte anos do que mudou nos últimos 300 anos”...

Apesar das iniciativas inovadoras que têm surgido no país, a ciência aberta ainda é uma realidade pouco compartilhada na academia quando se fala em disponibilização de bancos de dados e construção colaborativa. Os pesquisadores que participam do movimento identificam barreiras institucionais e culturais a serem ultrapassadas para a expansão desse novo modelo de produção e divulgação do conhecimento. “Para que os pesquisadores passem a divulgar seus bancos de dados em algum repositório, há que se vencer uma resistência cultural de modo que as pessoas não tenham medo de expor esses dados, da competição, de alguém usá-los e apontar incongruências ou chegar a um resultado melhor a partir deles”.

Um estudo publicado em fevereiro deste ano revelou que a ciência aberta causa mais impacto e pode gerar maior retorno de investimentos do que a convencional. Analisando a atuação do Instituto de Bioinformática Europeu, que disponibiliza gratuitamente dados e serviços a cientistas de todo o mundo, a pesquisa calculou que o valor de seu impacto é 20 vezes maior do que os recursos que ele precisa para funcionar. Pode ser um começo de conversa para alguns.

Nuvem global de pesquisa conectando todos os continentes, máquinas produzidas com conhecimento compartilhado, pessoas comuns analisando e coletando dados científicos. Transformações como essas nos mostram que o futuro da ciência já chegou. Não com invasões alienígenas e tele transporte, como o imaginário popular nos fez acreditar, mas ainda assim desafiador. Resta saber: e você, cientista, está preparado?
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